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quinta-feira, 1 de abril de 2010

GREVE POLÍTICA E PARTIDÁRIA

Após o PSDB acionar o TSE sobre a descabida greve partidária e eleitoral de uma minoria de professores estaduais em São Paulo, o Secretário de Educação, se manifestou ontem sobre o movimento.

Segue reportagem do UOL Educação - Últimas Notícias:

"Greve política será tratada politicamente", diz Paulo Renato sobre paralisação de docentes de SP

Ana Okada
Em São Paulo

O secretário da Educação do Estado de São Paulo, Paulo Renato de Souza afirmou que a greve dos docentes da rede será tratada de forma política. "Foi uma greve que teve claramente cunho político, eleitoreiro. Portanto, acho que uma greve politica a gente tem que tratar politicamente, e politicamente é isso: nós vamos recebê-los assim que o movimento terminar", disse, em coletiva à imprensa na manhã desta quarta-feira (31), para a divulgação dos resultados da bonificação por mérito do professorado.

Segundo o secretário, o caratér "eleitoreiro" do movimento ficou claro "nos palanques": "Isso ficou demonstrado não só pelo fato de a greve ter sido anunciada em dezembro, mas por todas as manifestações que houve nesse período, tratando de desgastar a figura do governador", afirma.

O sindicato dos professores da rede convocou a categoria para uma assembleia nesta quarta-feira (31). O encontro está marcado para 14h, no Vão Livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo) e deve decidir se a greve continua. Segundo a associação,o protesto marca também o "bota-fora" do governador José Serra (PSDB). Serra anunciou que deixaria o cargo no dia 31 de março para concorrer à Presidência.

Na segunda-feira (29), o PSDB, partido do governador José Serra, havia afirmado que entraria com representação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contra a Apeoesp, que é filiada à CUT (Central Única dosTrabalhadores) e sua presidente, Maria Izabel Noronha, por contrapropaganda eleitoral. Segundo Maria Izabel, a mobilização dos professores ocorreria de qualquer maneira, fosse em ano eleitoral ou não. A dirigente descarta qualquer tipo de ação coordenada entre os sindicatos.

Paulo Renato também informou que no final do mês será possível contabilizar a adesão dos professores da rede à greve, com o cálculo da frequência no cartão de ponto. Com essas informações em mãos, a secretaria vai discutir em que escolas será necessária a reposição de aulas e como ela será feita.

Aperfeiçoamento x aumento

Questionado se não seria possível distribuir entre toda a rede a verba que vai aumentar o salário de 44.569 docentes em 25%, Paulo Renato disse que a intenção é "melhorar a qualidade do ensino".

"Há estudos internacionais que mostram que a melhoria na qualidade da educação está relacionada não a aumentos salariais pura e simplesmente, mas a estímulos ao aperfeiçoamento do professor. Estou olhando o resultado dos alunos, temos que mudar isso."

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