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segunda-feira, 31 de maio de 2010

ANÁLISE: AS SAÍDAS PARA A BANDEIRANTES

Ontem, o jornal Correio Popular, publicou um artigo sobre Infraestrutura do deputado federal Guilherme Campos (DEM), intitulado "As saídas para a Bandeirantes".

No artigo, segundo a visão do deputado, "é o acesso à região do Campo Grande com a rodovia dos Bandeirantes, uma luta de todos os agentes políticos, sem exceção".

Guilherme Campos ainda destaca que "Campinas, a cidade que pegou a onda dos grandes investimentos como o Trem de Alta Velocidade, precisa usufruir destas alternativas".

Já manifestei minha opinião sobre este tema no artigo publicado aqui no blog em 18/05/2010 - A RESPONSABILIDADE DE SP FAZ A DIFERENÇA.

Respeito a opinião do deputado, mas discordo totalmente da sua análise que não se sustenta. Os fatos são mais complexos do que a visão simplista divulgada.

Como deputado federal trabalhando em Brasília e inserido nas discussões sobre os avanços do processo de licitação e implantação do TAV no trecho Campinas - SP - Rio de Janeiro, deveria o deputado estar ciente de que todo o projeto está comprometido.

Se formos analisar o cronograma, para a Copa de 2014 não há mais tempo hábil e para as Olimpíadas de 2016, a preocupação é muito grande.

Inviável do ponto de vista econômico e repleto de questionamentos não respondidos pelo Governo Federal, que trazem insegurança para os investidores, questiono ainda a real necessidade de implantação do modelo proposto.

O trecho que o TAV se propõe a atender, é muito bem servido por dois modais de transporte eficientes e relativamente baratos, o transporte terrestre e o aéreo. Basta o Governo Federal acabar com a demagogia de um PAC que não existe na prática e investir nos aeroportos como é sua obrigação, talvez através de PPPs e privatizações ou ainda, transferir esta responsabilidade aos governos estaduais, como São Paulo vêm sistematicamente defendendo.

A ineficiência na gestão será uma das marcas registradas deixadas pelo Governo Lula no projeto de poder arquitetado pelos aloprados e irresponsáveis quadros do PT no plano Federal.

Na questão do acesso à Rodovia dos Bandeirantes, não pode o interesse da especulação imobliária comprometer o desenvolvimento. Que a Rodovia dos Bandeirantes não foi projetada para receber esse acesso ora defendido é um fato e uma realidade. Não pode ser transformada em mais um corredor urbano, como o prefeito Dr. Hélio (PDT) fez com o loteamento irresponsável e sem critério da cidade, na Rodovia Dom Pedro I.

Esta questão de infraestrutura, de construir novos acessos viários à região do Campo Grande é de única e exclusiva responsabilidade do Poder Executivo Municipal e cabe ao prefeito agir de forma prática e criativa para alavancar o crescimento e desenvolvimento estrutural da região do Campo Grande.

Aliás, qual obra de infraestrutura viária, o atual governo municipal realizou, que trouxe um benefício efetivo e preparou a cidade de Campinas para o futuro?

A questão não deve ser, de forma simplista e até certo ponto demagógica, transferida para o Governo do Estado de São Paulo, em uma clara tentativa de se eximir de uma responsabilidade que é do município.

O prefeito Dr. Hélio (PDT) deve rever as diretrizes do seu programa de governo e, de uma vez por todas, resolver atender "primeiro os que mais precisam" como tantou propagou em seu mote de campanha eleitoral.

Certamente, os interesses especulativos e imobiliários poderão atender aos interesses de sua equipe pantaneira no governo de Campinas, mas deixam de lado qualquer compromisso sério com o povo que vive na nossa cidade.

O deputado Guilherme Campos (DEM), que foi vice-prefeito na primeira gestão do Dr. Hélio (PDT) deveria estar ciente da realidade dos fatos em Brasília e daquilo que efetivamente acontece na cidade de Campinas.

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