O discurso do prefeito Dr. Hélio (PDT) de que a Saúde de Campinas é modelo no Estado, além de incompatível com a realidade vivida pela população, não cabe nem como piada de muito mau gosto.
Na soma de esforços conjuntos para contribuir com a Prefeitura Municipal e ampliar os repasses de recursos do Governo Federal e Estadual, o que de fato os deputados de Campinas têm feito pela Saúde de Campinas?
Quais políticas públicas e recursos obtidos tiveram a contribuição dos deputados estaduais Jonas Donizette (PSB), Feliciano Filho (PV), Davi Zaia (PPS) e Célia Leão (PSDB)? E os deputados federais Guilherme Campos (DEM) e Carlos Sampaio (PSDB)?
Muito se tem ouvido sobre cobranças dos dois deputados tucanos, Célia Leão e Carlos Sampaio, sobre o que de fato produziram de efeito para a cidade de Campinas e região. Contudo, convenientemente e de forma tendenciosa, esquece-se de cobrar com o mesmo empenho e rigor a produção legislativa dos demais parlamentares.
Entendo que, tal cobrança, seja muito motivada e estimulada pela atual situação agonizante do PSDB de Campinas, considerando a forma como seus dirigentes estão conduzindo o partido há anos e o rumo que o partido precisa resgatar.
O PSDB tem uma ligação histórica com a cidade de Campinas e, infelizmente, hoje, nem de longe mantém com o povo e a militância a ligação e a união dos tempos do saudoso Magalhães Teixeira. Por vontade de alguns, não existe nenhuma liderança expressiva local.
A imprensa local quer projetar nas próximas eleições majoritárias de Outubro, o cenário futuro das próximas eleições municipais de 2012. E, assim, analisa de forma simplista a atuação dos atuais deputados estaduais e federais eleitos por Campinas e pela nossa região, para tentar prever um cenário ainda incerto.
O fato de os dois deputados do PSDB não apresentarem um resultado produtivo na visão de algumas pessoas, não pode justificar a mesma, ou até mais grave omissão dos demais deputados e, possíveis candidatos a Prefeito Municipal, como uma parte da imprensa gosta de vangloriar, de Jonas Donizette, Feliciano e Guilherme Campos.
Muito antes de criticar o PSDB e seus dois deputados, que também precisam apresentar suas produções legislativas, é preciso informar a população de maneira isenta e responsável qual a contribuição de TODOS os deputados eleitos por Campinas e toda a nossa região de TODOS os partidos políticos nas questões da Saúde, da Educação, da Segurança, enfim, em todas as áreas de atuação do poder público.
Como fiscalizadores do Poder Executivo, o que de fato fizeram para evitar a corrupção, entre outros desvios, nos órgãos do governo Estadual e Federal nas unidades e autarquias instaladas em Campinas e na Região Metropolitana?
Não é apenas em Campinas que a Saúde vai mal. E, especificamente em Campinas, não é apenas a Saúde que vai mal.
A responsabilidade pelos atos de sua gestão e pela forma como se vem conduzindo alguns temas prioritários é do Prefeito Municipal. Entretanto, pelo bem do povo da nossa cidade e da nossa região, enquanto não houver esforço coletivo e suprapartidário nas questões básicas de implantação de políticas públicas e integradas num contexto metropolitano, as ações das prefeituras serão sempre reativas e limitadas.
Já passou da hora de se estabelecer e, mais que isso, colocar em prática um planejamento integrado de longo prazo, buscando a realização de ações efetivas no combate a desigualdade social e regional no curto prazo.
Além da falta de vontade política, como já escrevi antes, infelizmente, a máxima capacidade de planejamento dos atuais gestores municipais de Campinas, se resume ao calendário político das próximas eleições municipais.
Com essa visão, perde a cidade, perde toda a Região Metropolitana de Campinas, perde o Estado de São Paulo, perde o Brasil e perde o povo.
E nesse sentido, a justiça seja feita: Jonas Donizette (PSB), Feliciano Filho (PV), Davi Zaia (PPS) e Guilherme Campos (DEM) também em nada contribuíram para mudar este cenário.
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