Juntos, PSDB e DEM elegeram dez governadores
Os dois principais partidos da oposição – PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) e Democratas – saíram fortalecidos das eleições estaduais. A partir do próximo ano, as duas legendas governarão dez unidades federativas, que concentram mais da metade do eleitorado brasileiro – 52% ou o equivalente a 70 milhões de eleitores.
O PSDB foi o principal vencedor nos estados – com oito vitórias – e terá, a partir de janeiro, quase metade do eleitorado sob sua administração – 64,5 milhões, ou 47,5% do total. O DEM, por sua vez, comandará 4,9% dos eleitores, o equivalente a 5 milhões.
Os tucanos já haviam vencido a eleição no primeiro turno em quatro estados: São Paulo, com Geraldo Alckmin; Minas Gerais, com Antonio Anastasia (reeleito); Paraná, com Beto Richa; e Siqueira Campos, em Tocantins. No lado do Democratas, Rosalba Ciarlini foi eleita governadora do Rio Grande do Norte e Raimundo Colombo venceu em Santa Catarina.
No segundo turno, o partido do candidato José Serra (SP), que obteve 43,6 milhões de votos para presidente, venceu em outros quatro estados, tornando-se a legenda com maior número de governadores. Marconi Perillo venceu no Goiás; Tetônio Vilela Filho, em Alagoas; Simão Jatene foi eleito governador do Pará; e Anchieta Junior, reeleito em Roraima.
Em números, é o melhor desempenho dos tucanos desde 1994 quando o PSDB foi votado por 52% dos eleitores. Na ocasião, houve uma onda nos estados alavancada pela eleição de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) para presidente do Brasil. Em 2006, o partido ficou com uma fatia de 43% do eleitorado, segundo a Folha de S. Paulo, na edição desta segunda-feira.
Apesar dos resultados expressivos, o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), prometeu que o partido se portará de modo responsável na oposição. “Seremos democráticos, firmes, mas seremos brasileiros. Não queremos o ‘quanto pior, melhor’. Estaremos dispostos a ajudar no que for importante, a aprovar o que for necessário e a combater o que estiver errado.”
Porém, o senador afirmou que o partido não permitirá que a coligação vencedora construa uma “hegemonia”. “O PT e os que ganharam de nós nesta eleição trabalharam para construir uma hegemonia, e não uma democracia. No Congresso, nós vamos agir para que o contraditório se estabeleça, para que a fiscalização se dê, para que o Tribunal de Contas da União seja valorizado”, completou.
Guerra falava no comitê de campanha de José Serra, na noite de domingo. Ele defendeu que o seu partido defina o candidato à próxima disputa presidencial em 2012, daqui a dois anos. “Que não fique nessa polêmica de um candidato ali, outro candidato ali, que a gente tenha unidade desde o começo, projeto, organização, para construirmos a vitória.”
Em Belo Horizonte, o senador eleito, Aécio Neves, divulgou uma nota destacando que “do ponto de vista político, o PSDB sai das eleições maior do que entrou”. Ele também fez questão de enfatizar que o candidato tucano “José Serra teve um excepcional desempenho”. E, “representou com altivez e correção, valores éticos importantes do nosso povo”.
Fonte: PSDB
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